Há 13 anos
A Visão Espírita dos sonhos
segunda-feira, fevereiro 27, 2012 Posted In Mensagens Edit This 0 Comments »
Luiz
Carlos D. Formiga
O Sonho é uma interrogação para muitas pessoas.
No livro de Carlos Bernardo Loureiro - “A Visão Espírita do Sono e dos Sonhos”,
Casa Editora O Clarim. Matão, SP. 144 páginas, vamos encontrar muitas
respostas.
É possível determinar relações precisas entre essas
percepções e os aspectos da realidade ordinária? Como analisar esse psiquismo
noturno?
Erick Fromm afirma que“o inconsciente só o é em
relação ao estado normal de atividade”, “ são simplesmente estados mentais
diversos, que se referem às modalidades existenciais diferentes.” Assim,
podemos admitir que a mente
consciente constitui apenas parte do psiquismo total. Existe uma vida psíquica
chamada de “inconsciência”. Esta atividade psíquica é o principal protagonista
quando o sono retira a outra de cena. Na realidade o inconsciente acha-se
representado naquela fração do sonho que se registra na memória consciente.
O que se deve pensar das significações
atribuídas aos sonhos?
“Os sonhos não são verdadeiros como o entendem
os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa
anuncia tal outra.
São verdadeiros no sentido de que apresentam
imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, freqüentemente, nenhuma
relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também um pressentimento
do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro
lugar a que a alma se transporta. Não se contam por muitos os casos de pessoas
que em sonho aparecem a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do que a
elas está acontecendo? Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de
tais pessoas a se comunicarem com entes caros? Quando tendes certeza de que o
que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte
tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente
quando em vigília?”Livro dos Espíritos, questão 404.
A alma é um ser pensante que permanece ativo
durante o sono? Existem provas materiais da atividade da alma durante o sono?
Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que
o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança
pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” Livro dos
Espíritos questão 401.
A enciclopédica de Diderot (Denis, 1713-1784),
no verbete “Sonambulismo”, relata a história de um jovem sacerdote que se
levantava à noite, dirigia-se ao seu escritório e escrevia longos sermões e
retornava ao leito. Existem relatos da resolução de problemas matemáticos que
não eram resolvidos quando os indivíduos estavam acordados.
Existe uma memória latente? Os sonhos trazem à
tona lembranças julgadas esquecidas para sempre?
Seis meses depois o indivíduo sonha com o local
em que perdera o canivete. Ao despertar procura e acha o objeto (F.H. Myers, La
Concience Subliminale, Annales Phychiques). Como podemos julgar da liberdade do
Espírito durante o sono?
“Pelos sonhos. Quando o corpo repousa,
acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília.
Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior
potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste
mundo, quer do outro...” Livro dos Espíritos, questão 402.
Richet (Prêmio Nobel de Medicina) descreve a
memória fotográfica de sonambulos. A eclosão desses registros mnêmonicos
subconscientes não deve ser confundida como a intervenção de seres espirituais.
Trata-se de fragmentos da vida que são exumados naturalmente ou por estímulos
especiais, das profundezas do ser (Pierre Janet).
Pode-se provocar sonhos por hipnose e induzir
uma pessoa a sonhar com outra?
Sim, responde o Dr. Sherenk-Notzing
(Munique-Alemanha) após experiência hipnótica com a sensitiva (clarividente)
Lina. Seus resultados são muito importantes para a discussão do homem como um
ser de natureza bio-psico-socio-espiritual. O pesquisador deu a sensitiva a
ordem pós-hipnótica de sonhar, na noite seguinte, com uma determinada pessoa,
não esquecer o sonho e contá-lo no dia imediato. Pela manhã, ao acordar, e em
presença dos pesquisadores, contou o que aconteceu durante a noite. A hipótese
de uma transmissão, através do pensamento de um dos pesquisadores auxiliares,
era inviável por vários motivos, até porque uma visita casual de uma amiga do
Sr. F.L., foi relatada pela clarividente e identificada, posteriormente, com
base na descrição da sensitiva.
Pode o homem, pela sua vontade, provocar as
visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer, quando está para dormir: Quero
esta noite encontrar-me em Espírito com Fulano, quero falar-lhe para dizer
isto?
“O que se dá é o seguinte: Adormecendo o homem,
seu Espírito desperta e, muitas vezes, nada disposto se mostra a fazer o que o
homem resolvera, porque a vida deste pouco interessa ao seu Espírito, uma vez
desprendido da matéria. Isto com relação a homens já bastante elevados
espiritualmente. Os outros passam de modo muito diverso a fase espiritual de
sua existência terrena. Entregam-se às paixões que os escravizaram, ou se
mantêm inativos. Pode, pois, suceder, tais sejam os motivos que a isso o
induzem, que o Espírito vá visitar aqueles com quem deseja encontrar-se. Mas,
não constitui razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de
ele o querer quando desperto.”Livro dos Espíritos, questão 416.
Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se
durante o sono?
“Certo e muitos que julgam não se conhecerem
costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro
país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos
e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as
noites fazeis essas visitas.” Livro dos Espíritos, questão 414.
O hanseniano Jésus Gonçalves, descrente, era um
materialista e dizia não acreditar em nada disso. É autor de “ Falta “,
onde diz assim: Onde andará um “não sei quê”, um Bem, em cuja busca sou
judeu errante? Por onde eu passo, já passou também... E quando chego já partiu
há instante... Não sei se está na vida, ou mais adiante, dentro da morte, nas mansões
do Além... Se está no amor... se está na fé, perante os dois altares que esta
vida tem. Mas, se esta vida é um sonho,
a morte o nada; o amor um pesadelo; a fé receio; por que manter-se em luta
desvairada? No entanto, eu sigo... acovardado, triste... a procurar em tudo em
que não creio, a coisa que me falta e não existe!
Sob o ponto de vista biomédico podemos perceber
que uma pessoa está sonhando por estranhos movimentos oculares produzidos em
certa etapa do sonho. O período REM (rapid eye movements) é “paradoxal” porque
no ápice do relaxamento vamos encontrar uma atividade intensa de numerosas
estruturas cerebrais, com variação da freqüência das ondas cerebrais e traçado
próximo ao do estado de vigília. Há nessa fase anulação do olfato e paladar, mas
as células nervosas enviam estímulos ao ouvido, aos olhos e ao sentido do
equilíbrio. Quando acordadas neste período as pessoas eram capazes de contar um
sonho.
Como interpretar o sonho que tivemos com um
ente querido já desencarnado? A tarefa não é muito fácil porque estamos
mergulhados numa matéria muito densa. No entanto, o espírito André Luiz (médico
desencarnado) nos oferece um exemplo muito bom e que é encontrado no “Os
Mensageiros” (FEB) capítulo 38, quando ela sonha com a avó desencarnada e faz a
interpretação da mensagem recebida.
Outro médico (psiquiatra ainda encarnado)
mostra a importância dos sonhos para o diagnóstico da melancolia involutiva,
destacando-a como uma síndrome com características próprias dentre as doenças
conceituadas como depressão maior. Sua conclusão, nos Arquivos Brasileiros de
Medicina, 71(3): 111-114, 1997, se baseia na análise de 118 casos.
Uma pessoa que dorme pode ter consciência de
que está sonhando?
Sim, responde o psiquiatra holandês
Dr.Frederick Willem van Eeden, que teve a confirmação feita peloDr Stephan
Laberge, na Universidade de Stanford(EUA). A mesma resposta era dada por Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino (sonhos lúcidos).
Podemos estender o conceito de sonho a todos os
estados alterados de consciência dos quais o psiquismo profundo tende a subir
em primeiro plano, até subjugar o EU da superfície?
Podemos participar de mensagens oníricas
diurnas? Podemos sonhar acordados?
Esta dimensão diurna do sonho é um convite à
pesquisa .
Dr. M. Kleitmam da Universidade de Chicago
(“Sleep and Wakefulness”) demonstrou que, também de dia, a atenção consciente
se afrouxa em períodos, de acordo com o ritmo que corresponde perfeitamente ao
alternar noturno do sono profundo ao leve.
O estado de plena “vigilância consciente” não
dura mais do que um minuto ou dois por hora, o que é uma condição indispensável
para uma certa eficiência criadora do intelecto, conforme F. Myers, P. Bunton e
ainda John Pfeiffer (The Human Brain).
Uma mulher, diante de uma mensagem onírica
diurna, interrompe seus afazeres domésticos, chama um táxi e vai encontrar o
filho caído quase morto ao lado da moto. “O paranormal é o normal que ainda não
compreendemos!
Podem os Espíritos comunicar-se, estando
completamente despertos os corpos?
“O Espírito não se acha encerrado no corpo como
numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com
outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente.”
Livro dos Espíritos, questão 420.
O fenômeno a que se dá a designação de dupla
vista tem alguma relação com o sonho e o sonambulismo?
“Tudo isso é uma só coisa. O que se chama dupla
vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja
adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.” Livro dos
Espíritos, questão 447.
Qual a visão espírita desses fenômenos?
Sonhos fisiológicos - por influência orgânica
vive-se situações alucinatórias. Sonhos pantomnésicos - recordações do passado.
Sonhos premonitórios - apreensão do futuro,sonho profético.Sonhos espirituais -
vivência no plano espiritual.
Freud não poderia explicar o sonho profético
como realização de um desejo recalcado no inconsciente.
Como podemos julgar da liberdade do Espírito
durante o sono?
“Pelos sonhos. Quando o corpo repousa,
acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília.
Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. (Livro dos Espíritos,
questão 402).
“A árvore trará novas sementes, das quais
germinarão novas árvores. Todas estavam escondidas na primeira
semente,”Discurso de Metafísica, Leibniz (1686)
Lincoln viu, em sonho, cenas de seu próprio
velório, uma semana antes de ser assassinado, relatando-o ao amigo Ward Lamon,
que escreveu o episódio em seu diário.
É um monumental determinismo o conhecimento
antecipado do futuro! É possível modificar o “Carma”? Existem as coisas futuras
ou elas se encontram no NADA, e ainda não existem? O sonho profético é
contrário ao livre arbítrio?
É possível prever acontecimentos derivados do
presente. No entanto, como prever os que não guardam nenhuma relação com esse
estado presente? Como explicar os que são atribuidos ao acaso?
Nostradamus previu a decapitação do Duque e deu
o nome do carrasco, que foi escolhido “ao acaso”, na hora. Isto 66 anos após a
morte do médico francês (1503-1566). O cálculo matemático da probabilidade
desta predição estaria na proporção de um para cinco milhões contra o acaso.
Estando desprendido da matéria e atuando como
Espírito, sabe o Espírito encarnado qual será a época de sua morte?
“Acontece pressenti-la. Também sucede ter plena
consciência dessa época, o que dá lugar a que, em estado de vigília, tenha a
intuição do fato. Por isso é que algumas pessoas prevêem com grande exatidão a
data em que virão a morrer.” Livro dos Espíritos, questão 411.
Mas, como entender este sonho que fala do
futuro. Como explica-lo? Allan Kardec, no Livro “A Gênese” discute o assunto na “Teoria
da Presciência”.
- Palestra proferida pelo Prof. Formiga no CENPES, Centro de Pesquisas da Petrobrás, em 1998.
- Publicado na Revista Internacional de Espiritismo, Ano LXXIV, número 1, Matão, fevereiro de 1999.
Frase do Dia
quarta-feira, fevereiro 08, 2012 Posted In Frase do dia... Edit This 0 Comments »"Que Deus aqueça sua fé, regue sua perseverança, nutra sua esperança, acompanhe seus passos, ilumine seu caminho e enobreça seu amor e sua humildade."
Os Anjos da Guarda Segundo André Luiz
sexta-feira, fevereiro 03, 2012 Posted In Mensagens , Reflexões... Edit This 0 Comments »
Os Espíritos tutelares encontram-se em todas as esferas. Os anjos da
sublime vigilância, analisados em sua excelsitude divina, seguem-nos a longa
estrada evolutiva. Desvelam-se por nós, dentro das Leis que nos regem,
todavia, não podemos esquecer que nos movimentamos todos em círculos
multidimensionais. A cadeia de ascensão do espírito vai da intimidade do abismo
à suprema glória celeste.
Será justo lembrar que estamos plasmando nossa individualidade imperecível no espaço e no tempo, ao preço de continuadas e difíceis experiências. A idéia de um ente divinizado e perfeito, invariavelmente ao nosso lado, ao dispor de nossos caprichos ou ao sabor de nossas dívidas, não concorda com a Justiça. Que governo terrestre destacaria um de seus ministros mais sábios e especializados na garantia do bem de todos para colar-se, indefinidamente, ao destino de um só homem, quase sempre renitente cultor de complicados enigmas e necessitado, por isso mesmo, das mais severas lições da vida? Porque haveria de obrigar-se um arcanjo a descer da Luz Eterna para seguir, passo a passo, um homem deliberadamente egoísta ou preguiçoso? Tudo exige lógica, bom-senso.
Anjo, segundo a acepção justa do termo, é mensageiro. Ora, há mensageiros de todas as condições e de todas as procedências e, por isso, a antigüidade sempre admitiu a existência de
anjos bons e anjos maus.
Anjo de guarda, desde as concepções religiosas mais antigas, é uma expressão que define o Espírito celeste que vigia a criatura em nome de Deus ou pessoa que se devota infinitamente a outra, ajudando-a e defendendo-a.
Em qualquer região, convivem conosco os Espíritos familiares de nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais embrutecidos aos mais sublimados, temos a corrente de amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita gradação do progresso. A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na Terra e nos Céus. Aquele que já pode ver mais um pouco auxilia a visão daquele que ainda se encontra em luta por desvencilhar-se da própria cegueira. Todos nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação. Isso podemos verificar nos círculos da matéria mais densa. Temos constantemente corações que nos devotam estima e se consagram ao nosso bem. De todas as afeições terrestres, salientemos, para exemplificar, a devoção das mães. O espírito maternal é uma espécie de anjo ou mensageiro, embora muita vez circunscrito ao cárcere de férreo egoísmo, na custódia dos filhos. Além das mães, cujo amor padece muitas deficiências, quando confrontado com os princípios essenciais da fraternidade e da justiça, temos afetos e simpatias dos mais envolventes, capazes dos mais altos sacrifícios por nós, não obstante condicionados a objetivos por vezes egoísticos. Não podemos olvidar, porém, que o admirável altruísmo de amanhã começa na afetividade estreita de hoje, como a árvore parte do embrião.
Todas as criaturas, individualmente, contam com louváveis devotamentos de entidades afins que se lhes afeiçoam. A orfandade real não existe. Em nome do Amor, todas as almas recebem assistência onde quer que se encontrem.
Irmãos mais velhos ajudam os mais novos. Mestres inspiram discípulos. Pais socorrem os filhos. Amigos ligam-se a amigos. Companheiros auxiliam companheiros.
Isso ocorre em todos os planos da Natureza e, fatalmente, na Terra, entre os que ainda vivem na carne e os que já atravessaram o escuro passadiço da morte. Os gregos sabiam disso e recorriam aos seus gênios invisíveis. Os romanos compreendiam essa verdade e cultuavam os numes domésticos.
O gênio guardião será sempre um Espírito benfazejo para o protegido, mas é imperioso anotar que os laços afetivos, em torno de nós, ainda se encontram em marcha ascendente para mais altos níveis da vida. Com toda a veneração que lhes devemos, importa reconhecer, nos Espíritos familiares que nos protegem, grandes e respeitáveis heróis do bem, mas ainda singularmente distanciados da angelitude eterna.
Naturalmente, avançam em linhas enobrecidas, em planos elevados, todavia, ainda sentem inclinações e paixões particulares, no rumo da universalização de sentimentos. Por esse motivo, com muita propriedade, nas diversas escolas religiosas, escutamos a intuição popular asseverando: - “nossos anjos de guarda não combinam entre si”, ou, ainda, “façamos uma oração aos anjos de guarda”, reconhecendo-se, instintivamente, que os gênios familiares de nossa intimidade ainda se encontram no campo de afinidades específicas, e precisam, por vezes, de apelos à natureza superior para atenderem a esse ou àquele gênero de serviço.
Perturbação espírita após desencarne
sexta-feira, fevereiro 03, 2012 Posted In Mensagens , Reflexões... Edit This 0 Comments »
A alma deixando o corpo, podemos dizer que não tem uma consciência
imediata de seu estado atual. Mas que ela passa por algum tempo num estado de
perturbação. Inclusive, os Espíritos não experimentam, no mesmo grau e durante
o mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo. Isso
depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece
quase imediatamente, visto que já se libertou da matéria durante a vida física,
enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência não é pura, conserva por
tempo mais longo a impressão dessa matéria. (Livro dos Espíritos 163 e 164)
O conhecimento do Espiritismo exercerá influência muito grande sobre a duração da perturbação, uma vez que o Espírito compreenderá antecipadamente a sua situação. Contudo, a prática do bem e a pureza da consciência são os que exercerão maior influência benéfica no retorno ao mundo dos Espíritos. (Livro dos Espíritos 165)
Nota de Allan Kardec - No momento da morte tudo, a princípio, é confuso. A alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela se acha como aturdida e no estado de um homem que despertando de um sono profundo procura orientar-se sobre sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se dissipe a espécie de neblina que obscurece seus pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte do corpo varia muito; pode ser de algumas horas, de muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que desde sua vida terrena se identificaram com o seu estado futuro, porque, então, compreendem imediatamente a sua posição.
Essa perturbação apresenta circunstância particulares, segundo o caráter dos indivíduos e, sobretudo, de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplicio, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito é surpreendido, espanta-se, e, não acredita que morreu e sustenta essa idéia com obstinação. Entretanto, vê seu corpo, sabe que esse corpo é seu e não compreende porque está separado dele; acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não compreende porque elas não o ouvem. Essa ilusão perdura até a inteira libertação do perispírito e, só então, o Espírito se reconhece e compreende que não pertence mais ao números dos vivos encarnados. Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou. Para ele a morte é ainda sinônimo de destruição, aniquilamento; ora, como ele pensa, vê e escuta, não se considera morto. Sua ilusão é aumentada pelo fato de se ver com um corpo de forma semelhante ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar; ele o crê sólido e compacto como o primeiro e, quando chamam sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo. Esse fenômeno é análogo aos dos sonâmbulos iniciantes que não acreditam dormir. Para eles o sono é sinônimo de suspensão das faculdades; ora, como pensam e vêem, julgam que não dormem. Certos Espíritos apresentam essa particularidade, embora a morte não lhes tenha chegado inesperadamente; todavia, é sempre mais generalizada naqueles que, apesar de doentes, não pensam em morrer. Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito assistindo aos próprios funerais, como se fora um estranho e deles falando como de uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento em que compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranqüilo. Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à medida que ela se reconhece.
Nos casos de morte coletiva, tem se observado que todos os que perecem ao mesmo tempo, nem sempre se revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou se preocupa apenas com aqueles que lhe interessam.
O conhecimento do Espiritismo exercerá influência muito grande sobre a duração da perturbação, uma vez que o Espírito compreenderá antecipadamente a sua situação. Contudo, a prática do bem e a pureza da consciência são os que exercerão maior influência benéfica no retorno ao mundo dos Espíritos. (Livro dos Espíritos 165)
Nota de Allan Kardec - No momento da morte tudo, a princípio, é confuso. A alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela se acha como aturdida e no estado de um homem que despertando de um sono profundo procura orientar-se sobre sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se dissipe a espécie de neblina que obscurece seus pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte do corpo varia muito; pode ser de algumas horas, de muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que desde sua vida terrena se identificaram com o seu estado futuro, porque, então, compreendem imediatamente a sua posição.
Essa perturbação apresenta circunstância particulares, segundo o caráter dos indivíduos e, sobretudo, de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplicio, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito é surpreendido, espanta-se, e, não acredita que morreu e sustenta essa idéia com obstinação. Entretanto, vê seu corpo, sabe que esse corpo é seu e não compreende porque está separado dele; acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não compreende porque elas não o ouvem. Essa ilusão perdura até a inteira libertação do perispírito e, só então, o Espírito se reconhece e compreende que não pertence mais ao números dos vivos encarnados. Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou. Para ele a morte é ainda sinônimo de destruição, aniquilamento; ora, como ele pensa, vê e escuta, não se considera morto. Sua ilusão é aumentada pelo fato de se ver com um corpo de forma semelhante ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar; ele o crê sólido e compacto como o primeiro e, quando chamam sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo. Esse fenômeno é análogo aos dos sonâmbulos iniciantes que não acreditam dormir. Para eles o sono é sinônimo de suspensão das faculdades; ora, como pensam e vêem, julgam que não dormem. Certos Espíritos apresentam essa particularidade, embora a morte não lhes tenha chegado inesperadamente; todavia, é sempre mais generalizada naqueles que, apesar de doentes, não pensam em morrer. Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito assistindo aos próprios funerais, como se fora um estranho e deles falando como de uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento em que compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranqüilo. Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à medida que ela se reconhece.
Nos casos de morte coletiva, tem se observado que todos os que perecem ao mesmo tempo, nem sempre se revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou se preocupa apenas com aqueles que lhe interessam.
O Suicídio
sexta-feira, fevereiro 03, 2012 Posted In Auto-ajuda , Mensagens , Motivacional , Reflexões... Edit This 0 Comments »
O suicídio é a interrupção da vida (óbvio). Mas
nesta frase se encontra a chave de todo o drama que o suicida passa após a
morte. Assim como o mais avançado dos robôs, ou um simples radinho de pilha, o
corpo também tem sua bateria, e um tempo de vida útil baseado nesta carga. De
acordo com nossos planos (traçados do "outro lado") teremos uma carga
X de energia, que pode ser ampliada, se assim for necessário. Então, um
atentado contra a vida não é um atentado exatamente contra Deus, mas contra
todos os seus amigos, mentores e engenheiros espirituais que planejaram sua
encarnação nos mínimos detalhes, e contra a própria energia Divina que foi
"emprestada" para animar seu veículo físico de manifestação: seu corpo.
Eqüivale aos EUA gastar bilhões pra mandar um homem a Marte, e quando ele estivesse lá resolvesse voltar porque ficou com medo ou sentiu saudades de casa. Todos os cientistas envolvidos na missão ficarão P da vida, e com razão. Afinal, quando ele se candidatou para a missão, estava assumindo todos os riscos, com todos os ônus e bônus decorrentes de um empreendimento deste tamanho. Quando esse astronauta voltar à Terra vai ter trabalho até pra conseguir emprego de gari.
É mais ou menos assim no plano espiritual. Um suicida nunca volta pra Terra em condições melhores do que estava antes de cometer o autocídio.
Segundo Allan Kardec, codificador do espiritismo, "Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta*; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (Na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida.
Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interditado. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram".
Algumas máximas do espiritismo para o caso de suicídio:
As penas são proporcionais à consciência que o culpado tem das faltas que comete.
Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.
O louco que se mata não sabe o que faz.
As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito, e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade. Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio. Encontram desculpa na nulidade moral que as caracteriza, em a sua maioria, e na ignorância em que se acham.
Os que hajam conduzido/induzido alguém a se matar terão de responder por assassinato, perante as Leis de Deus.
Aquele que se suicida vítima das paixões é um suicida moral, duplamente culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus.
O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.
Pergunta - É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma ação má?
Resposta dos espíritos - O suicídio não apaga a falta. Ao contrário, em vez de uma, haverá duas. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso ter-se a de lhe sofrer as conseqüências.
Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim impedir a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
O que assim procede não faz bem. Mas, como pensa que o faz, isso é levado em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo. A intenção lhe atenua a falta; entretanto, nem por isso deixa de haver falta. Aquele que tira de si mesmo a vida, para fugir à vergonha de uma ação má, prova que dá mais apreço à estima dos homens do que a de Deus, visto que volta para a vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-los aqui na Terra. O arrependimento sincero e o esforço desinteressado são o melhor caminho para a reparação. O suicídio nada repara.
Que pensar daquele que se mata, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?
Outra loucura! Que faça ele o bem, e mais cedo irá lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma idéia falsa.
Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. É contrário às Leis kármicas todo sacrifício inútil, principalmente se for motivada por qualquer traço de orgulho. Somente o desinteresse completo torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus. Todo sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório, porque resulta da prática da lei de caridade. Mas, antes de cumprir tal sacrifício, deveria refletir sobre se sua vida não será mais útil do que sua morte.
Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?
É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. Não há culpabilidade, entretanto, se não houver intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.
Conseguem seu intento aqueles que, não podendo conformar-se com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na esperança de ir juntar-se a eles?
Muito ao contrário. Em vez de se reunirem ao que era objeto de suas afeições, dele se afastam por longo tempo.
Fonte: Livro dos espíritos (com algumas alterações)
Alguns exemplos de efeitos de suicídios na nova vida, como constam no livro “As vidas” de Chico Xavier:
- Chico, minha filha, de 5 anos, é portadora de mongolismo, mas eu acho que ela está sendo assediada por espíritos.
Chico descartava a hipótese "espiritual" e encaminhava mãe e filha à fila de passes. Elas viravam as costas, e ele confidenciava a um amigo:
- Os espíritos estão me dizendo que essa menina, em vida anterior recente, suicidou-se atirando-se de um lugar muito alto.
Outra mãe se aproximava e reclamava do filho, também de 5 anos:
- Ele é perturbado. Fala muito pouco e não memoriza mais que 5 minutos qualquer coisa que nós ensinamos.
Quando os dois estavam a caminho da sala de passes, Chico confidenciava:
- Na última encarnação, esse menino deu um tiro fatal na própria cabeça.
Outro caso, ainda mais chocante:
- Meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele.
Chico pensava numa resposta, quando ouviu o vozeirão de Emmanuel:
- Explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Agora que está aproximadamente com cinco anos de idade, procura um rio ou um precipício para se atirar. Avise que os médicos estão com a razão. As duas pernas dele serão amputadas, em seu próprio benefício.
morte violenta*: Em casos onde a morte violenta é dívida kármica, e já prevista, sempre há uma equipe de amparadores para fazer o 'desligamento' do corpo e dispersão das energias densas. Os suicidas não contam, obviamente, com esse amparo, pois seria assim um incentivo à prática do suicídio, não havendo assim aprendizado com o erro.
Eqüivale aos EUA gastar bilhões pra mandar um homem a Marte, e quando ele estivesse lá resolvesse voltar porque ficou com medo ou sentiu saudades de casa. Todos os cientistas envolvidos na missão ficarão P da vida, e com razão. Afinal, quando ele se candidatou para a missão, estava assumindo todos os riscos, com todos os ônus e bônus decorrentes de um empreendimento deste tamanho. Quando esse astronauta voltar à Terra vai ter trabalho até pra conseguir emprego de gari.
É mais ou menos assim no plano espiritual. Um suicida nunca volta pra Terra em condições melhores do que estava antes de cometer o autocídio.
Segundo Allan Kardec, codificador do espiritismo, "Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta*; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (Na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida.
Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interditado. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram".
Algumas máximas do espiritismo para o caso de suicídio:
As penas são proporcionais à consciência que o culpado tem das faltas que comete.
Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.
O louco que se mata não sabe o que faz.
As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito, e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade. Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio. Encontram desculpa na nulidade moral que as caracteriza, em a sua maioria, e na ignorância em que se acham.
Os que hajam conduzido/induzido alguém a se matar terão de responder por assassinato, perante as Leis de Deus.
Aquele que se suicida vítima das paixões é um suicida moral, duplamente culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus.
O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.
Pergunta - É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma ação má?
Resposta dos espíritos - O suicídio não apaga a falta. Ao contrário, em vez de uma, haverá duas. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso ter-se a de lhe sofrer as conseqüências.
Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim impedir a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
O que assim procede não faz bem. Mas, como pensa que o faz, isso é levado em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo. A intenção lhe atenua a falta; entretanto, nem por isso deixa de haver falta. Aquele que tira de si mesmo a vida, para fugir à vergonha de uma ação má, prova que dá mais apreço à estima dos homens do que a de Deus, visto que volta para a vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-los aqui na Terra. O arrependimento sincero e o esforço desinteressado são o melhor caminho para a reparação. O suicídio nada repara.
Que pensar daquele que se mata, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?
Outra loucura! Que faça ele o bem, e mais cedo irá lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma idéia falsa.
Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. É contrário às Leis kármicas todo sacrifício inútil, principalmente se for motivada por qualquer traço de orgulho. Somente o desinteresse completo torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus. Todo sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório, porque resulta da prática da lei de caridade. Mas, antes de cumprir tal sacrifício, deveria refletir sobre se sua vida não será mais útil do que sua morte.
Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?
É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. Não há culpabilidade, entretanto, se não houver intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.
Conseguem seu intento aqueles que, não podendo conformar-se com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na esperança de ir juntar-se a eles?
Muito ao contrário. Em vez de se reunirem ao que era objeto de suas afeições, dele se afastam por longo tempo.
Fonte: Livro dos espíritos (com algumas alterações)
Alguns exemplos de efeitos de suicídios na nova vida, como constam no livro “As vidas” de Chico Xavier:
- Chico, minha filha, de 5 anos, é portadora de mongolismo, mas eu acho que ela está sendo assediada por espíritos.
Chico descartava a hipótese "espiritual" e encaminhava mãe e filha à fila de passes. Elas viravam as costas, e ele confidenciava a um amigo:
- Os espíritos estão me dizendo que essa menina, em vida anterior recente, suicidou-se atirando-se de um lugar muito alto.
Outra mãe se aproximava e reclamava do filho, também de 5 anos:
- Ele é perturbado. Fala muito pouco e não memoriza mais que 5 minutos qualquer coisa que nós ensinamos.
Quando os dois estavam a caminho da sala de passes, Chico confidenciava:
- Na última encarnação, esse menino deu um tiro fatal na própria cabeça.
Outro caso, ainda mais chocante:
- Meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele.
Chico pensava numa resposta, quando ouviu o vozeirão de Emmanuel:
- Explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Agora que está aproximadamente com cinco anos de idade, procura um rio ou um precipício para se atirar. Avise que os médicos estão com a razão. As duas pernas dele serão amputadas, em seu próprio benefício.
morte violenta*: Em casos onde a morte violenta é dívida kármica, e já prevista, sempre há uma equipe de amparadores para fazer o 'desligamento' do corpo e dispersão das energias densas. Os suicidas não contam, obviamente, com esse amparo, pois seria assim um incentivo à prática do suicídio, não havendo assim aprendizado com o erro.
Carnaval (Obsessões Carnavalescas)
sexta-feira, fevereiro 03, 2012 Posted In Mensagens , Reflexões... Edit This 0 Comments »
“Atrás do trio elétrico também vai
quem já “morreu”...”!
Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.
Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.
O Espiritismo
nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de
seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de
sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira
nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.
Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.
No livro
citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e
espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando
Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a
encarnados em desequilíbrios.
Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.
Interessado em
colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno
inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista
vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em
trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa
listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo,
relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas
compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de
amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais
transitara em largas aflições”.
No entanto, a
obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos
despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu
não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do
dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou
amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me
recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para
realidades novas”.
Como acontece
com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis,
Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de
agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do
bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor
infinito...”.
Entre os anos
60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium,
jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que
resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em
São Paulo.
O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou:
- “O Carnaval para mim, é passado de
dor e a caridade hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após
inverno demorado, sombrio”.
A Carne Nada Vale:
O Carnaval,
conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios
da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado
pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de
Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso
estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.
Em seu lugar,
então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real,
com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade.
A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros,
festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia
clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares,
fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões
se imolava uma vítima humana.
Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.
Bezerra cita os
estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente
convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses
dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o
verbete carnaval”.
Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.
Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.
Esse
comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em
verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também
enlouquecer uma vez por ano.
Processo de Loucura e Obsessão:
Processo de Loucura e Obsessão:
As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.
Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.
Esse processo
sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando
os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às
regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas
de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente
atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses
seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências
que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as
tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las,
são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do
desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no
firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.
Há dois mil
anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais
o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que
se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação
das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado
à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na
primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra,
quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre
nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que
“a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque,
freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais
que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.
Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil”.
Título : Carnaval ( Obsessões
Carnavalescas )
Autor: Revista Visão Espírita -
(Março de 2000)